segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ensaio 11 (ensaio aberto)

Hoje realizamos mais um ensaio aberto. Dessa vez o objetivo era apresentar para pessoas que desconheciam o trabalho. Resultado, quatro saídas para vomitar do público. Os comentários eram bem interessantes ao final. Comparavam os performers a animais, a sujeira, esgoto, a nudez não mais incomodava, mas era bom de olhar o corpo naquele estado. Já os performers foram muito bem, mas perderam um pouco o controle ao final da performance, muito vômito e o cheiro muito forte na sala. Optei por fechar as janelas para o cheiro permanecer no local misturado a comida, foi bem difícil permanecer nesse ambiente. O interessante de observar é que cada vez mais consigo traçar o discurso da performance. O prazer antes questionado na sala não é para o público, mas para os performers. O vomitar é devolver a Platão todo aquele discurso verborrágico e cansativo. É o corpo orgânico devolvendo ao mundo seu recheio, todos seus prazeres de forma verborrágica e "vomitativa". A opção pelo arroz e feijão foi uma maneira de aproximar todas as classes, todos os paladares, todas as refeições, do mais pobre ao mais rico, aquela comida que todo dia devoramos cegamente e cotidianamente. Dúvidas...ainda me pairam para algumas coisas..nada está certo totalmente.

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